Você já ouviu falar do autoconsumo remoto de energia? Essa é uma das modalidades da Geração Distribuída, com o principal objetivo de otimizar o consumo de energia.
Afinal, com o aumento constante das tarifas, buscar alternativas para otimizar o consumo se tornou uma necessidade. A instalação de painéis solares, por exemplo, é uma opção cada vez mais popular.
Segundo um estudo da SolarPower Europe de 2024, citado em matéria da revista Exame, o Brasil já é o terceiro maior mercado de energia solar no mundo. O mesmo estudo indica que o país pode adicionar mais de 100 GW dessa energia até 2028.
Porém, o espaço disponível para instalar paineis fotovoltaicos nem sempre é suficiente. Nesse contexto, o autoconsumo remoto surge como uma alternativa eficiente.
Mas, afinal, como ele funciona? Quais são suas vantagens? E qual a diferença para a geração compartilhada? Continue lendo para descobrir!
O que é autoconsumo remoto?
De forma geral, o autoconsumo remoto se trata da instalação de um sistema de geração solar em um local diferente de onde é feito o consumo de energia, desde que ambos os imóveis estejam na área da mesma concessionária e sob o mesmo titular.
Ou seja, essa modalidade de geração distribuída é ideal para empresas que possuem terrenos disponíveis ou locais onde a instalação de paineis solares é inviável, como em prédios com pouco espaço.
Assim, a energia gerada em um local pode ser utilizada em outro, gerando economia e eficiência.
Essa modalidade de Geração Distribuída foi criada em 2015, com a Resolução Normativa nº 687 da ANEEL. Além dela, foram regulamentadas outras duas modalidades: a geração compartilhada e a geração em condomínios – que vamos abordar ainda neste artigo.
Entretanto, cabe ressaltar que em 2023 foi aprovada e publicada a Resolução Normativa Nº 1.059, também da ANEEL, que aprimora algumas das regras das modalidades de geração distribuída.
Quais são as vantagens do autoconsumo remoto?
O autoconsumo remoto oferece diversas vantagens para empresas e indústrias que buscam otimizar o consumo de energia e reduzir custos.
Essa modalidade permite gerar energia em um local e utilizá-la em outro, o que é ideal para negócios com mais de um imóvel ou com espaços limitados para a instalação de paineis solares.
Entre as principais vantagens, os destaques são:
- Redução significativa na conta de energia.
- Flexibilidade para instalar o sistema em terrenos ou imóveis mais adequados.
- Geração de créditos energéticos para múltiplas unidades.
- Maior eficiência no uso de créditos de energia.
- Contribuição para práticas sustentáveis e economia verde.
💡Saiba mais: Economia de energia na indústria e importância das fontes renováveis
Quais são as regras para autoconsumo remoto?
Para utilizar o autoconsumo remoto, é preciso que todos os imóveis envolvidos tenham a mesma titularidade, seja ela de CPF ou CNPJ.
Isso significa que tanto a empresa quanto os locais onde a energia será consumida devem estar no nome da mesma pessoa jurídica ou física.
Além disso, é fundamental que todos os imóveis sejam atendidos pela mesma distribuidora de energia elétrica. Essas são as principais regras estabelecidas pela ANEEL para garantir a segurança e a eficiência desse sistema.
Qual a diferença entre geração compartilhada e autoconsumo remoto?
A diferença fundamental entre as modalidades está na titularidade: no autoconsumo remoto, tudo pertence a um único dono, enquanto na geração compartilhada, a propriedade é compartilhada entre vários.
Dentro da geração distribuída, temos três modalidades principais: autoconsumo remoto, geração compartilhada e geração em condomínios.
Como vimos, no autoconsumo, um único proprietário (pessoa física ou jurídica) pode utilizar a energia solar gerada em um local para abastecer outros locais que lhe pertencem.
Já na geração compartilhada, um grupo de pessoas ou empresas se unem para compartilhar a energia gerada por um sistema fotovoltaico, mesmo que este esteja localizado em um lugar diferente dos pontos de consumo.
E a geração em condomínios?
A geração em condomínios é uma modalidade de geração compartilhada, voltada para condomínios. Nela, os condôminos podem instalar um sistema solar na área comum dos prédios, e a energia gerada pode ser usada para reduzir os custos das áreas comuns.
Caso a capacidade de geração seja suficiente, os apartamentos também podem aproveitar a energia produzida para diminuir suas contas de luz.
A principal diferença para o autoconsumo é que, na geração em condomínios, a energia solar é utilizada diretamente pelos imóveis no mesmo local onde foi gerada.
Como utilizar o autoconsumo remoto?
Para utilizar o autoconsumo remoto, é preciso avaliar a sua situação atual. Se sua empresa já possui um sistema solar fotovoltaico instalado e gera mais energia do que consome, você pode aproveitar os créditos excedentes em outras unidades da sua empresa.
Caso contrário, será necessário instalar paineis solares em um dos seus imóveis. É importante lembrar que, para utilizar o autoconsumo remoto, todas as contas de luz envolvidas devem estar no nome da mesma pessoa física ou jurídica.
Afinal, como solicitar o autoconsumo remoto?
Para solicitar o autoconsumo remoto, primeiro, certifique-se de que todas as unidades envolvidas estão sob a mesma titularidade e na área de concessão da mesma distribuidora.
Em seguida, entre em contato com a concessionária de energia da sua região, que é responsável por realizar o cadastro do sistema de autoconsumo.
Será necessário fornecer informações sobre as unidades consumidoras e o sistema fotovoltaico instalado.
Após a aprovação, a distribuidora fará o acompanhamento da geração e do consumo, compensando a energia excedente entre as unidades registradas no contrato.
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Quando o autoconsumo remoto NÃO vale a pena? Qual alternativa optar?
Embora a modalidade tenha diversos benefícios, também tem seus contras. Afinal, o autoconsumo remoto não é a melhor opção para quem não deseja lidar com os custos e a responsabilidade da instalação e manutenção de paineis solares.
Nesses casos, a Geração Distribuída com a Versa Energia é uma alternativa mais prática e eficiente. A Versa oferece fazendas solares remotas que fornecem energia limpa e certificada para empresas, sem custo adicional além da energia.
Ou seja: não é necessário se preocupar com obras, manutenção ou espaço.
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Conclusão
Em resumo, o autoconsumo remoto é uma modalidade da geração distribuída que permite a um mesmo consumidor utilizar a energia solar gerada em um imóvel para abastecer outros imóveis de sua propriedade.
Ao contrário da geração compartilhada, onde a energia é dividida entre diversos consumidores, no autoconsumo remoto a energia é destinada exclusivamente às unidades do mesmo titular. Gostou desse conteúdo? Acesse nosso blog e confira outros artigos relacionados.
